Categoria: Notícias do Mundo

  • Vini Júnior sob ataque: a perseguição racista no futebol europeu

    Desde que chegou ao Real Madrid, o brasileiro Vinícius Júnior virou destaque pelos dribles e gols — mas também virou alvo constante do racismo no futebol europeu.

    Em cada jogo, Vinícius não enfrenta só os jogadores, mas também insultos e gestos racistas das arquibancadas. Em 2023, foi chamado de “macaco” por torcedores do Valencia, caso que chocou o mundo e teve repúdio da ONU.


    Mais de 10 episódios em dois anos

    Entre 2022 e 2024, Vinícius sofreu insultos racistas em pelo menos 19 jogos, principalmente fora de casa. A La Liga abriu investigações, mas a maioria dos casos foi arquivada. Só em 2024 alguns torcedores começaram a ser condenados.


    O jogador fala, mas se sente sozinho

    Vinícius tem se pronunciado com frequência. Em uma postagem nas redes sociais, disse:

    “O campeonato que já foi de Ronaldinho, Ronaldo, Cristiano e Messi hoje é dos racistas.”

    Após o caso de Valencia, ele chorou em entrevista e afirmou:

    “Toda semana acontece de novo. Ninguém faz nada. A culpa vira minha por reagir.”


    Vinícius Júnior sofre ataques racistas frequentes nos estádios espanhóis. Apesar de punições pontuais, o racismo persiste no futebol europeu, gerando pressão internacional por mudanças.
    https://www.theguardian.com/football/2025/may/22/valladolid-fans-suspended-prison-sentence-racial-abuse-vinicius-junior-real-madrid?utm_source=chatgpt.com

    Brasil reage, o mundo assiste

    O presidente Lula, a CBF, jogadores de clubes brasileiros e europeus prestaram solidariedade a Vinícius. Protestos foram realizados em frente a embaixadas da Espanha e hashtags como #BastaDeRacismo e #SomosTodosVini tomaram conta das redes sociais.

    A FIFA se pronunciou pedindo punições mais severas e defendendo que “os estádios não podem ser palco para crimes de ódio”.


    O racismo europeu ainda não acabou

    Os ataques a Vinícius não são isolados. Refletem um problema mais profundo: o racismo estrutural ainda presente na sociedade europeia.
    Muitos países do continente, apesar de avanços, convivem com estigmas coloniais, discursos xenofóbicos e práticas discriminatórias naturalizadas.

    A naturalização de piadas racistas nos estádios, a demora em punir agressores e o silêncio de instituições esportivas reforçam a ideia de que, para muitos, o racismo ainda é algo tolerável — desde que bem disfarçado.


    Racismo no futebol europeu é comum?

    Relatórios da UEFA e da FARE Network apontam crescimento de incidentes racistas no futebol europeu nos últimos cinco anos. Entre os alvos mais frequentes estão jogadores negros, latinos e muçulmanos.

    No caso espanhol, embora haja campanhas contra a discriminação racial, poucos clubes expulsam torcedores ou tomam medidas práticas. Em muitos episódios, a reação oficial só acontece depois da repercussão global.

    Fontes:

    • La Liga – Comunicados oficiais: laliga.com
    • El País – “Vinícius vuelve a ser insultado: no es un caso aislado”: elpais.com
    • FARE Network Report 2022: farenet.org
    • ESPN Brasil – Cobertura dos casos de racismo contra Vini Jr.: espn.com.br
    • G1 – “Após novo ataque racista, Vini Jr. desabafa: ‘É desumano’”: g1.globo.com
    • BBC Brasil – “O que está por trás dos ataques racistas contra Vinícius Júnior na Espanha?”: bbc.com/portuguese
  • 🇯🇵 O motivo das crianças estarem sumindo no Japão

    O Japão está desaparecendo — silenciosamente. A pergunta agora é: quem vai manter o país vivo?

    O país, que já foi símbolo de crescimento e disciplina, enfrenta hoje um colapso populacional que ameaça sua própria existência. Com nascimentos em queda livre e uma juventude desmotivada, o Japão caminha para um futuro onde haverá cada vez menos crianças, e cada vez mais silêncio.


    Nascimentos em queda livre

    Em 2024, o Japão registrou apenas 720 mil nascimentos — o menor número em mais de 120 anos. É o nono ano consecutivo de queda, enquanto as mortes passam de 1,5 milhão por ano. A população está diminuindo, envelhecendo e perdendo sua base jovem.

    As projeções são assustadoras: até 2070, a população total pode cair para 87 milhões (eram 126 milhões em 2020), e quase metade dos japoneses terão mais de 65 anos. A pirâmide etária está se invertendo, e com ela, toda a estrutura econômica e social do país.


    Uma juventude que desistiu da família

    A maioria dos jovens japoneses não quer ter filhos. Pesquisas mostram que apenas 37% das pessoas entre 15 e 45 anos planejam ter filhos. Entre os que recusam a ideia, os motivos são claros:

    • Custo de vida insustentável
    • Falta de tempo por causa do trabalho
    • Desejo de manter a liberdade
    • Insegurança com o futuro
    • Cansaço emocional e solidão

    Muitos vivem sozinhos e não desejam se casar. Outros, mesmo em casal, evitam filhos por temerem não conseguir dar conta. O Japão está virando uma nação de solteiros e idosos.

    “Metade dos jovens solteiros japoneses não querem ter filhos”
    Preocupações financeiras e o peso da criação são os motivos principais para essa decisão.

    mailto:coisasdojapao.com/2023/04/pesquisa-revela-que-50-dos-jovens-solteiros-no-japao-nao-querem-filhos


    Um país de idosos sem quem os sustente

    A pergunta que assusta o governo japonês é simples: quem vai cuidar dos idosos se ninguém tiver filhos?

    Hoje, 70% do orçamento social vai para aposentadorias e saúde de idosos, enquanto menos de 5% é investido em políticas para famílias e crianças. Com menos jovens trabalhando, a arrecadação diminui e o sistema de bem-estar social entra em colapso.

    A alternativa? Robôs, inteligência artificial e automatização extrema. Mas nenhum robô pode substituir o calor de uma família ou a força de uma geração inteira.

    Um estudo revelou que, até 2050, cerca de 5,2 milhões de homens idosos no Japão viverão sozinhos e sem filhos, superando pela primeira vez o número de mulheres nessa situação. Esse aumento é atribuído ao crescente número de homens que nunca se casaram ou se divorciaram sem manter vínculos familiares próximos. Especialistas alertam para os riscos de isolamento social e falta de apoio familiar para esses idosos. pt.wikipedia.org+7Brasileiros no Japão+7Estado de Minas+7


    O que o governo tem feito — e por que não está funcionando

    Para tentar reverter o cenário, o Japão criou subsídios para bebês, creches gratuitas, bônus para casamentos e até semanas de trabalho reduzidas. Mas os jovens continuam dizendo não. O problema não é só dinheiro — é cultural e emocional.

    A cultura do excesso de trabalho, da pressão social, do perfeccionismo e da solidão está vencendo o instinto de continuidade. Muitos japoneses simplesmente não veem sentido em formar uma família.


    Um país à beira do colapso demográfico

    O Japão pode ser o primeiro país a desaparecer lentamente, não por guerras, catástrofes ou doenças — mas pela decisão coletiva de não ter filhos. O alerta já foi dado. A solução, no entanto, exige mudanças profundas: no trabalho, na cultura, nos valores e nas prioridades.

    Se nada for feito, o silêncio das maternidades de hoje será o eco das cidades vazias de amanhã.

    Fontes:

    apnews.com

    reuters.com

    nippon.com

    nypost.com

    centreforpublicimpact.org

    mailto:coisasdojapao.com/2023/04/pesquisa-revela-que-50-dos-jovens-solteiros-no-japao-nao-querem-filhos

    pt.wikipedia.org+7Brasileiros no Japão+7Estado de Minas+7

  • 🇵🇹 Portugueses não aguentam mais os brasileiros

    “Sejam brancos, amarelos, pretos ou azuis, sabemos por que vêm… Não estamos preparados para ser invadidos.”
    André Ventura, líder do Chega, em comício contra a imigração.
    🔗 Euronews – Protestos contra imigração e antirracismo no Porto

    Nos últimos anos, Portugal se tornou um dos destinos mais procurados por imigrantes de várias partes do mundo, especialmente brasileiros, indianos e africanos. Se, por um lado, o país depende desses trabalhadores para manter a economia e os serviços essenciais funcionando, por outro, cresce o descontentamento entre os portugueses com o ritmo e o volume da imigração.


    Cresce o incômodo entre os portugueses

    A sensação de muitos portugueses é clara: “o país não aguenta mais tanta gente nova chegando”. Um estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos revelou que 68% dos portugueses reconhecem a importância dos imigrantes para a economia, mas mais da metade acredita que eles representam uma ameaça à cultura, à segurança ou ao mercado de trabalho local.

    “Nós emigramos legalmente. É assim que deve acontecer num país desenvolvido.”
    Cecilia Guimarães, 66 anos, durante uma marcha contra a imigração organizada pelo partido Chega.

    🔗 Euronews – Milhares protestam contra imigração em Lisboa

    Essa insatisfação é ainda mais forte em bairros populares, onde o aumento da população imigrante pressiona os preços dos aluguéis, os transportes e os serviços públicos. Em redes sociais e protestos, frases como “voltem para sua terra” e “Portugal é dos portugueses” se tornaram comuns — e preocupantes.


    Imigração vira tema político central

    Esse clima tem sido aproveitado por partidos como o Chega, que defende o controle rígido das fronteiras e limites à entrada de estrangeiros. Nas eleições de 2024, o partido obteve 22,6% dos votos, refletindo o apoio de uma parcela significativa da população a um discurso mais nacionalista e anti-imigração.

    “Muitos brasileiros estragam os imóveis, fazem barulho e colocam mais pessoas do que o combinado”
    Proprietários de imóveis em Portugal relataram dificuldades em alugar para brasileiros devido a comportamentos como festas barulhentas e superlotação de residências.
    🔗 Fonte: BBC News Brasil – Moradores brasileiros enfrentam xenofobia ao alugar imóveis em Portugal
    bbc.com


    Quem está imigrando para Portugal?

    Os principais grupos que chegam ao país vêm do Brasil, Índia, Nepal, Bangladesh e países africanos de língua portuguesa, como Angola e Cabo Verde. Muitos buscam melhores oportunidades de trabalho e segurança. Portugal, por sua vez, precisa de mão de obra, especialmente em setores como construção civil, serviços e tecnologia.

    Mas nem sempre a chegada é tranquila. Relatos de xenofobia, racismo e exclusão são comuns — especialmente com brasileiros, que são o maior grupo de imigrantes do país.


    “Estamos perdendo nossa identidade”

    Além das questões econômicas, há um medo simbólico: o de perder a identidade cultural portuguesa. Parte da população sente que a chegada em massa de imigrantes muda a dinâmica dos bairros, altera os costumes e cria bolhas culturais. Essa percepção, embora subjetiva, está presente em entrevistas, redes sociais e nas ruas.

    “51% dos portugueses vêem os imigrantes como uma ameaça aos valores e tradições nacionais”
    De acordo com o Barómetro da Imigração da Fundação Francisco Manuel dos Santos, uma parte significativa da população portuguesa considera que a presença de imigrantes ameaça os valores culturais do país.
    🔗 Fonte: Visão – O que pensam os portugueses sobre os imigrantes?
    sicnoticias.pt


    Reclamações frequentes dos portugueses sobre a imigração:

    1. Aumento no custo dos aluguéis
      → Muitos dizem que os preços dispararam com a chegada de imigrantes e o aumento da procura por habitação.
    2. Falta de moradia acessível
      → Moradores alegam que já não conseguem viver nos bairros onde nasceram, pois os imóveis disponíveis são escassos ou caros.
    3. Sobrecarga dos serviços públicos
      → Reclamações sobre unidades de saúde, escolas e transportes mais lotados.
    4. Concorrência no mercado de trabalho
      → Alguns portugueses afirmam que imigrantes aceitam salários mais baixos, o que pressiona o mercado e reduz oportunidades para locais.
    5. Mudanças culturais rápidas
      → Parte da população diz sentir que os bairros “deixaram de parecer portugueses” e reclamam da “perda de identidade cultural”.
    6. Aumento da insegurança
      → Alguns associam (com ou sem base real) o aumento da criminalidade à imigração, especialmente em áreas com grande concentração de estrangeiros.
    7. Sensação de desorganização e falta de controle
      → Muitos apontam que o governo não tem um plano claro para lidar com o crescimento da imigração.
    8. Benefícios sociais sendo usados por estrangeiros
      → Há quem critique que imigrantes têm acesso a apoios sociais, mesmo sem terem contribuído por muitos anos.
    9. Falta de respeito por costumes e regras locais
      → Alguns portugueses reclamam que certos imigrantes desrespeitam normas sociais, ignoram o idioma local e demonstram pouca vontade de se integrar à cultura portuguesa.
    10. Crescimento da informalidade e exploração no trabalho
      → Também há queixas de que empresas contratam imigrantes informalmente, o que prejudica todos no mercado de trabalho.

    Imigrantes também sofrem

    Do outro lado, os imigrantes enfrentam desconfiança, dificuldade de regularização, salários baixos e preconceito cotidiano. Muitos não conseguem alugar casa por serem estrangeiros, são explorados no trabalho ou vivem em habitações precárias.

    Mesmo assim, o país ainda é visto como um porto seguro, especialmente por quem foge de crises em seus países de origem.


    O dilema português

    Portugal vive um dilema: precisa da imigração para sustentar sua economia e compensar o envelhecimento da população.

    Especialistas sugerem que o país mantenha políticas de acolhimento, mas com mais planejamento, diálogo com a população local, combate à desinformação e investimentos em habitação e serviços públicos que contemplem todos.


    Hora de agir com responsabilidade

    O debate sobre a imigração em Portugal deixou de ser uma questão distante e virou um tema central para o futuro do país. Entre a solidariedade e o medo, entre o acolhimento e a rejeição, o desafio está em equilibrar a necessidade de crescimento com o respeito às comunidades locais — e aos que chegam buscando apenas a chance de recomeçar.


    Fontes:

  • Airbnb e a crise das moradias nas cidades europeias

    Entre turistas confortáveis e moradores expulsos: quem ganha com o Airbnb?

    Nos últimos anos, o crescimento do Airbnb nas grandes cidades da Europa mudou o rosto de bairros históricos, mas também aprofundou a crise das moradias. Se por um lado ele oferece praticidade aos viajantes, por outro, empurra famílias locais para fora de suas próprias cidades. O que antes era uma alternativa simpática ao hotel, hoje virou um problema social de grandes proporções.


    Quando o lar vira hospedagem

    Imóveis antes residenciais têm sido transformados em acomodações turísticas por causa da alta rentabilidade. Em Lisboa, por exemplo, proprietários afirmam que lucram até três vezes mais com Airbnb do que com aluguel tradicional. O mesmo ocorre em Barcelona, Berlim, Amsterdã e Praga, onde o aumento de imóveis destinados ao turismo tem pressionado o preço de venda e aluguel das moradias tradicionais.


    Moradores protestam: “Não temos mais onde morar”

    Em Barcelona e Madri, moradores têm protestado contra o excesso de turismo. Eles dizem que não conseguem mais morar nos bairros onde cresceram, porque os aluguéis subiram muito e faltam casas. Em Bruxelas, Praga e cidades da Croácia, também fazem abaixo-assinados e pedem leis mais rígidas.


    O que dizem os moradores das cidades afetadas pelo Airbnb:

    1. “Não conseguimos mais pagar aluguel.”
      Os preços subiram muito devido à alta demanda por imóveis para turismo.
    2. “Não há mais casas para alugar para quem mora aqui.”
      Muitos imóveis foram retirados do mercado residencial e viraram hospedagem.
    3. “Estamos sendo expulsos dos nossos bairros.”
      Moradores antigos estão sendo forçados a mudar de região por causa dos custos.
    4. “Nosso bairro virou um ponto turístico barulhento.”
      A presença constante de turistas altera a rotina e o sossego das comunidades.
    5. “O comércio local foi substituído por lojas para turistas.”
      Padarias, mercados e farmácias estão dando lugar a cafés e souvenires.
    6. “Não conhecemos mais nossos vizinhos.”
      A rotatividade dos hóspedes impede vínculos comunitários.
    7. “Há mais lixo e festas nas ruas.”
      Reclamações sobre festas em imóveis de Airbnb, barulho e degradação urbana.
    8. “Os jovens não conseguem sair da casa dos pais.”
      Com aluguéis altos, muitos não têm como alugar um lugar para viver.
    9. “O centro virou um hotel gigante.”
      Regiões históricas estão se esvaziando de moradores e virando áreas apenas turísticas.
    10. “Precisamos de regras, não de lucros.”
      Moradores pedem leis que limitem o número de Airbnbs e protejam o direito à moradia.

    Por que os turistas preferem Airbnb aos hotéis?

    O Airbnb ainda é visto por muitos turistas como mais confortável, acessível e “autêntico” do que hotéis. Famílias e grupos maiores procuram casas com cozinha, liberdade e boa localização. Porém, nem sempre isso significa economia: em muitos destinos da Europa, os preços das diárias do Airbnb se equipararam aos de hotéis — e sem os mesmos serviços.


    Airbnb é bom ou ruim? Depende de onde e para quem

    Para o turista de curto prazo, o Airbnb pode ser conveniente. Para o morador local, é frequentemente um fator de exclusão. O desequilíbrio entre turismo e habitação tem gerado consequências sociais sérias, incluindo gentrificação, expulsão silenciosa e queda na qualidade de vida.


    Por que as pessoas deixaram os hotéis?

    Depois da crise de 2008 e com a explosão dos smartphones, muitos viajantes passaram a preferir alternativas mais informais e baratas. O Airbnb surgiu como uma resposta a isso, oferecendo uma nova forma de viajar. Hoje, porém, as vantagens em relação aos hotéis já não são tão evidentes, principalmente diante dos impactos sociais.


    O que as cidades estão fazendo?

    Cidades como Barcelona, Lisboa, Madri e Berlim já criaram leis para restringir ou até banir o Airbnb em certas regiões. A meta é frear o aumento do custo de vida e devolver os bairros aos seus habitantes. Ainda assim, a fiscalização segue sendo o maior desafio.


    Como continuar promovendo o turismo sem expulsar seus próprios moradores?
    Muitos especialistas defendem que o Airbnb deve existir, mas com regras mais rígidas, limites por bairro, transparência e responsabilidade social. A cidade precisa voltar a ser casa — não só ponto turístico.


    Referências:

    https://www.brusselstimes.com/real-estate-special/1565170/airbnb-pushes-up-property-prices-in-brussels

    https://www.europeandatajournalism.eu/cp_data_news/europes-rents-are-on-the-rise-whos-hardest-hit

    https://apnews.com/article/9bd28bb6f3f705b62828880fb08bdf1a

    https://www.theguardian.com/news/2025/jul/08/madrid-judge-shuts-down-10-tourist-rentals-for-illicit-and-unsanitary-activities

    https://www.intellinews.com/croatia-moves-to-restrict-airbnbs-to-address-housing-crisis-340368

    https://www.businesstelegraph.co.uk/is-airbnb-contributing-to-the-global-housing-shortage

    https://www.ft.com/content/67f63a8d-e416-4b1d-9c9f-5e7d9e52dd65

    https://www.news.com.au/travel/travel-advice/accommodation/airbnb-is-it-good-or-bad-for-cities/news-story/4d7fa38300e8a01ebfdaaf321c02fcae

  • Gerações Y e Z dizem não ao trabalho excessivo

    Jovens profissionais rejeitam jornadas longas, ambientes fechados e a cultura do “trabalhe até cair”

    Por muito tempo, sucesso profissional foi sinônimo de trabalhar de segunda a sexta, das 9h às 18h, em um escritório fechado. Mas para as gerações Y (millennials) e Z, esse modelo está ficando ultrapassado — e insustentável. Artigos recentes mostram que os jovens estão rejeitando o excesso de trabalho, priorizando saúde mental, flexibilidade e qualidade de vida.


    O cansaço da “jornada infinita”

    Uma reportagem do The Guardian relata que profissionais jovens, especialmente da Geração Z, estão sendo esmagados por jornadas que nunca acabam: reuniões, mensagens fora do expediente e cobrança por “entregar mais com menos” estão gerando exaustão emocional e mental.

    “Me sinto completamente drenada”, afirma uma entrevistada de 27 anos.
    Fonte: The Guardian – Young professionals swamped by ‘infinite workdays’ (2025)


    O fim da cultura do esforço cego

    No New York Post, um debate no TikTok entre jovens viralizou: uma jovem criticou colegas que saem do trabalho no horário certo. A resposta foi forte — muitos disseram que não vivem para trabalhar e que preferem proteger sua saúde mental a se exaurir por metas inalcançáveis.

    Esse comportamento é chamado de “quiet quitting”, ou seja, “desistência silenciosa”: a pessoa faz apenas o necessário, sem se comprometer com expectativas abusivas.

    Fonte: NY Post – Gen Z backlash over ‘out of touch’ work-life balance ignites TikTok (2025)


    O movimento de “deitar e descansar”

    No portal News.com.au, o fenômeno chinês do “lying flat” — deitar e não competir — está se espalhando entre jovens de vários países. Essa filosofia rejeita a pressão por sucesso, produtividade constante e crescimento a qualquer custo. O lema da geração Z parece ser:

    “Menos ambição, mais saúde mental.”

    Fonte: News.com.au – Lying flat: young workers opt out of the grind (2025)


    O que essas gerações realmente valorizam?

    Relatórios de empresas como a LinkedIn e a Microsoft apontam que os jovens querem:

    • Autonomia para escolher onde e quando trabalhar
    • Ambientes abertos, colaborativos e leves
    • Trabalhos com propósito real, e não só salário
    • Equilíbrio entre vida pessoal e profissional
    • Liberdade para mudar de área ou aprender novas habilidades

    “As gerações mais jovens não estão rejeitando o trabalho — estão rejeitando um modelo que não faz mais sentido”, afirma a especialista Elizabeth Pearson, em artigo para a Forbes.
    Fonte: Forbes – Gen Z Employees Aren’t Lazy, You’re Just Managing Them Wrong (2024)


    Menos “hustle”, mais vida

    A crítica ao velho modelo de trabalho é mais do que uma moda passageira — é um sinal de esgotamento coletivo. Gerações que cresceram vendo o burnout dos pais agora estão dizendo “não” a jornadas absurdas, escritórios fechados e metas inalcançáveis.

    Empresas que desejam atrair e reter talentos da Geração Y e Z precisarão se adaptar: mais empatia, mais flexibilidade, mais liberdade — e menos controle.

  • Afinal, apostar em “bets” faz mal à saúde mental?

    O que as ‘bets’ estão fazendo com a nossa mente?

    Com o crescimento explosivo das apostas online no Brasil — as chamadas “bets” — surge uma pergunta que incomoda famílias, educadores e profissionais de saúde: esse hábito está prejudicando a saúde mental dos brasileiros?

    Diversos estudos científicos recentes dizem que sim, e os alertas são cada vez mais preocupantes.


    O que dizem os estudos?

    Pesquisas feitas no Brasil e no exterior mostram que o acesso fácil aos aplicativos de apostas está ligado ao aumento de ansiedade, depressão, insônia, problemas familiares e até tentativas de suicídio.

    Segundo a Universidade Federal Fluminense (UFF):

    • 86% dos jogadores relatam dívidas
    • 64% estão com o nome negativado

    A psiquiatra Hermínia Prado, da Unifesp, explica:

    “O vício em apostas online já tem critérios diagnósticos reconhecidos pela medicina, como perda de controle, sofrimento emocional e insistência mesmo com prejuízos.”

    Uma revisão internacional com 4 milhões de pessoas revelou que:

    1 em cada 8 já tentou se matar

    1 em cada 3 apostadores já pensou em suicídio

    Quando o jogo afeta o bolso e a família

    Além dos danos emocionais, o vício em apostas impacta a vida financeira e os laços familiares. Muitas pessoas gastam parte ou toda a renda mensal em apostas — inclusive dinheiro que seria usado para alimentação, aluguel ou medicamentos.

    Há relatos de:

    • Jovens vendendo objetos da casa para continuar jogando
    • Adultos com dívidas acima de R$ 10 mil
    • Separações e conflitos familiares provocados por dívidas e compulsão

    Quem está mais vulnerável?

    Apesar da regulamentação das apostas online iniciada em 2024, grupos de risco permanecem desprotegidos, como:

    • Jovens e adolescentes
    • Pessoas com histórico de depressão ou ansiedade
    • Desempregados ou com baixa renda
    • Pessoas com outros vícios (álcool, cigarro, drogas)

    O que as ‘bets’ causam?

    • Afetam o cérebro: causam ansiedade, depressão e vício — como drogas.
    • Geram dívidas: que trazem ainda mais sofrimento.
    • Aumentam risco de suicídio: 1 em cada 3 apostadores já pensou nisso.
    • Destroem relações: brigas, separações e até violência.
    • Não é só diversão: as bets podem virar um grave problema de saúde pública.

    Principais fontes e pesquisas

    • Unifesp: Apostas patológicas ligadas ao aumento de suicídio, queda no trabalho e envolvimento com atos ilícitos.
    • FAPESP / UFRGS: Estudo com 4,6 milhões de pessoas; alerta sobre risco de suicídio.
    • UFF & Itaú: Apostas reduzem recursos para saúde, educação e lazer; geram dívidas e isolamento.
    • IBDFAM: Impactos jurídicos, separações e vulnerabilidade infantil.
    • UNIFOR (junho/2025): O vício em bets é uma crise de saúde pública; sintomas reconhecidos pelo CID-11 e DSM‑5.

    Como sair do ciclo das apostas?

    ✔️ 1. Reconheça o problema

    Admitir que perdeu o controle não é fraqueza — é o início da cura.

    ✔️ 2. Bloqueie o acesso

    Use apps como BetBlocker ou extensões de navegador para impedir o acesso aos sites de apostas.

    ✔️ 3. Evite gatilhos

    Afaste-se de perfis que promovem apostas, grupos de bets e até de eventos esportivos com odds.

    ✔️ 4. Procure ajuda psicológica

    Psicólogos e psiquiatras podem tratar o vício, os sintomas de ansiedade e depressão.

    ✔️ 5. Participe de grupos de apoio

    Como o Jogadores Anônimos – são gratuitos e sigilosos.

    ✔️ 6. Fale com quem confia

    Divida sua dor com alguém próximo. Apoio emocional faz diferença.

    ✔️ 7. Reorganize sua vida financeira

    Evite o acesso direto ao seu dinheiro, cancele cartões digitais e busque orientação.

    ✔️ 8. Ocupe a mente com prazeres saudáveis

    Exercícios, arte, leitura, voluntariado, estudos — tudo que ajuda a trazer prazer real, e não artificial.


    Onde procurar ajuda no Brasil

    • CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) – Atendimento gratuito pelo SUS
    • CVV – 188 – Apoio emocional gratuito e sigiloso 24h
    • Jogadores Anônimos – www.jogadoresanonimos.org
    • Atendimentos psicológicos universitários – Muitas universidades públicas oferecem sessões gratuitas