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  • PIX: A Revolução Simples no Pagamento Brasileiro

    O que é o PIX?

    O PIX é um sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central do Brasil, lançado em novembro de 2020. Ele permite a realização de transferências e pagamentos em tempo real, 24 horas por dia, sete dias por semana, de forma gratuita para pessoas físicas. Banco Central do Brasil

    Crescimento Exponencial

    Desde o seu lançamento, o PIX tem apresentado um crescimento significativo. Em 2023, foram realizadas quase 42 bilhões de transações por meio do sistema, representando um aumento de 75% em relação ao ano anterior. Febraban

    Vantagens para os Usuários

    O PIX oferece diversas vantagens para os usuários, como:

    • Rapidez: Transações realizadas em tempo real.
    • Gratuidade: Não há cobrança de tarifas para pessoas físicas.
    • Acessibilidade: Disponível para todos os bancos participantes e para pessoas físicas com CPF regular.
    • Segurança: Utiliza tecnologia de ponta para garantir a segurança das transações.

    PIX Parcelado: Uma Revolução no Crédito Instantâneo

    Uma das novidades mais aguardadas do PIX é o PIX parcelado, que permite aos consumidores dividir compras em várias parcelas, diretamente pelo sistema, sem a necessidade de cartão de crédito tradicional. Essa funcionalidade amplia o alcance do PIX para compras de maior valor, facilitando o acesso ao crédito de forma rápida e prática, sem burocracia. O PIX parcelado é uma solução que promete transformar o consumo, especialmente para pequenas e médias empresas, que podem oferecer essa opção diretamente aos clientes com custos menores que os cartões.

    Impacto no Comércio

    O PIX tem se mostrado uma ferramenta eficiente para o comércio, especialmente para pequenos e médios empresários. Ele reduz custos com taxas de cartões de crédito e facilita o fluxo de caixa, permitindo que os comerciantes recebam os pagamentos de forma imediata. A chegada do PIX parcelado ainda deve aumentar as vendas, pois oferece mais opções e flexibilidade para o consumidor.

    Perspectivas Futuras

    O Banco Central do Brasil continua a aprimorar o sistema PIX, com a introdução de novas funcionalidades, como o “PIX Automático”, que permitirá a realização de pagamentos recorrentes de forma simplificada, além de continuar ampliando o alcance do PIX parcelado.


    Referências

  • PIX Revoluciona Pagamentos e Prejudica Cartões

    O que é o PIX?

    O PIX é um sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central do Brasil, lançado em novembro de 2020. Ele permite transferências e pagamentos em tempo real, 24 horas por dia, sete dias por semana, sem custos para pessoas físicas.

    Ameaça às Corporações de Cartões de Crédito

    O modelo de negócios das principais operadoras de cartões de crédito, como Visa e Mastercard, baseia-se na cobrança de taxas que variam de 1% a 2,5% por transação. O PIX, por outro lado, oferece taxas significativamente mais baixas — cerca de 0,33% para empresas — e, em muitos casos, é gratuito para os consumidores. Essa diferença representa uma economia substancial para comerciantes e consumidores, tornando o PIX uma alternativa atraente e desafiadora para as operadoras tradicionais de cartões.

    Como o Domínio das Empresas de Cartão Afeta o Bolso das Pessoas

    O domínio quase monopolista das empresas de cartão faz com que comerciantes repassem as altas taxas para os consumidores, que acabam pagando mais caro por produtos e serviços. Além disso, muitas vezes os bancos e administradoras aplicam juros elevados para o uso do crédito, impactando diretamente o orçamento familiar e a saúde financeira das pessoas. O PIX quebra esse ciclo, oferecendo uma forma de pagamento sem taxas ou com custos muito reduzidos, o que ajuda a baratear o custo final para o consumidor.

    Liberdade Financeira para os Países

    Além de reduzir custos, o PIX promove a inclusão financeira ao permitir que pessoas sem conta bancária participem da economia digital. Ele facilita o acesso a serviços financeiros essenciais, como pagamentos de contas, transferências e compras online, sem a necessidade de intermediários financeiros tradicionais. Isso fortalece a soberania financeira dos países, diminuindo a dependência de sistemas financeiros estrangeiros e promovendo uma economia mais autossustentável.

    Reações das Corporações de Cartões

    A popularidade crescente do PIX tem gerado reações significativas entre as corporações de cartões de crédito. Em julho de 2025, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou o sistema, alegando que ele prejudica empresas americanas. Essa postura reflete a preocupação com a perda de participação de mercado e a diminuição das receitas provenientes das taxas de transação.

    O Futuro do PIX

    O PIX continua a evoluir, com a introdução de novas funcionalidades, como o PIX parcelado, que permite aos consumidores dividir compras em várias parcelas diretamente pelo sistema. Essa inovação amplia ainda mais o alcance do PIX, tornando-o uma ferramenta poderosa na transformação do sistema de pagamentos global.


    Referências


  • A História do PIX: Quem Criou e Para Que Serve

    A Criação do PIX

    O PIX foi criado pelo Banco Central do Brasil, com o objetivo de modernizar e facilitar o sistema de pagamentos no país. O desenvolvimento do PIX começou em 2018, e o sistema foi oficialmente lançado em novembro de 2020. A iniciativa surgiu para oferecer uma solução rápida, segura e disponível 24 horas por dia, todos os dias do ano, diferente dos métodos tradicionais como TED, DOC e cartões.

    Quem Foi o Idealizador

    Embora o PIX seja uma iniciativa do Banco Central, seu desenvolvimento contou com a colaboração de diversas equipes técnicas internas e consultorias especializadas em tecnologia financeira. O então presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, foi um dos principais defensores e articuladores do projeto, buscando transformar o sistema financeiro brasileiro e incentivar a inovação digital.

    Como o PIX Funciona

    O PIX permite transferências e pagamentos instantâneos a qualquer hora do dia, com processamento em segundos. Ele é acessível por meio de aplicativos bancários, usando chaves PIX — como CPF, e-mail, telefone ou chave aleatória — para identificar as contas, simplificando as operações financeiras do dia a dia.

    Revolução nos Modos de Pagamento

    Antes do PIX, os brasileiros dependiam de métodos como TED e DOC, que funcionam apenas em horários comerciais e muitas vezes cobram tarifas. O PIX eliminou essas barreiras ao permitir transferências instantâneas e gratuitas para pessoas físicas, aumentando a inclusão financeira. Além disso, o PIX trouxe inovação ao mercado com funcionalidades como o PIX parcelado, pagamentos por aproximação e integração com sistemas de cobrança.

    Impacto Social e Econômico

    O PIX promoveu uma mudança significativa no comportamento dos consumidores e comerciantes, facilitando o comércio eletrônico, pagamentos de contas e até mesmo doações. A rapidez e a praticidade do sistema incentivaram a formalização de pequenos negócios e ampliaram o acesso a serviços financeiros para parcelas da população antes excluídas do sistema bancário tradicional.


    Referências

  • Marajó e o Tráfico Sexual Infantil: Um Crime Ignorado no Brasil

    Quem protege os abusadores? Quantas crianças somem por ano sem que alguém investigue de verdade? Por que políticos e empresários parecem sempre ilesos diante de denúncias tão graves?

    O tráfico sexual de crianças no Brasil é um dos crimes mais perversos e silenciados da nossa realidade. Embora existam investigações esporádicas, denúncias jornalísticas e relatórios oficiais, a rede de exploração continua a funcionar, especialmente em regiões vulneráveis como o Norte e o Nordeste do país — com destaque para lugares como a Ilha de Marajó, no Pará.


    Ilha de Marajó: o paraíso que virou rota de horror

    A Ilha de Marajó, conhecida por sua beleza natural e riqueza cultural, esconde uma ferida aberta. Por anos, moradores e líderes comunitários denunciaram redes de exploração sexual envolvendo crianças e adolescentes em troca de comida, roupas ou promessas de emprego. Em 2020, uma reportagem do Fantástico revelou que muitas meninas eram aliciadas por homens mais velhos, incluindo pescadores, comerciantes e até autoridades locais.

    A ONG Repórter Brasil já alertava em 2019 que Marajó fazia parte de uma rota de tráfico sexual ligada a portos clandestinos, onde meninas eram levadas de barco e sumiam. As investigações muitas vezes empacam por falta de estrutura ou são engavetadas quando envolvem nomes influentes na política local.

    Apesar da gravidade, denúncias são desacreditadas e vídeos compartilhados nas redes sociais desmentidos como desinformação — enquanto o problema real permanece oculto sob o véu do silêncio e da omissão institucional.


    Norte e Nordeste: vulnerabilidade como moeda de troca

    O tráfico sexual de crianças e adolescentes é especialmente crítico nas regiões Norte e Nordeste, onde índices elevados de pobreza, desigualdade e abandono institucional tornam crianças presas fáceis para aliciadores. No Maranhão, Pará, Piauí, Ceará e Amazonas, há registros recorrentes de abuso em comunidades ribeirinhas, quilombolas, indígenas e periféricas — muitas vezes com a conivência de autoridades que preferem ignorar as denúncias para preservar o “status quo”.

    Um relatório da CPI do Tráfico de Pessoas da Câmara dos Deputados (2014) mostrou que crianças eram exploradas sexualmente em portos, estradas federais e até em eventos patrocinados por empresários locais. Em troca, recebiam pequenos valores, comida ou eram obrigadas a manter silêncio sob ameaça.


    Quem deveria proteger se torna cúmplice

    Diversos relatos mostram que a impunidade é garantida quando os envolvidos têm influência. Em vários municípios do Norte e Nordeste, há casos de prefeitos, vereadores, delegados e até juízes citados em denúncias de abuso sexual infantil — muitos dos quais nunca foram julgados. O caso de Coari (AM), onde o prefeito foi acusado de liderar uma rede de exploração de menores, é um dos poucos que chegou à Justiça, mas apenas após forte pressão popular e midiática.

    Segundo organizações como o Disque 100 e a Childhood Brasil, as redes de tráfico são sofisticadas, operam com ajuda de transporte legal (ônibus, barcos, aviões), e têm apoio logístico de empresários e políticos locais — que depois barram investigações ou ameaçam testemunhas.


    O silêncio institucional como política de Estado

    O mais chocante é a normalização da exploração. Em muitos casos, conselhos tutelares são omissos, promotores se calam e a mídia local é comprada para não divulgar escândalos. Em estados como Pará, Rondônia e Ceará, denúncias desaparecem sem resposta, ou vítimas acabam sendo tratadas como culpadas. A ausência de políticas públicas reais de proteção e prevenção transforma o tráfico sexual em um sistema sustentado pela omissão.


    Referências

    1. “Ilha do Marajó: meninas são abusadas em troca de comida” – Fantástico (Globo)
    2. “O tráfico de meninas em portos clandestinos do Norte” – Repórter Brasil
    3. “CPI do Tráfico de Pessoas apresenta relatório final com denúncias em 16 estados” – Câmara dos Deputados
    4. “Coari: prefeito acusado de comandar rede de exploração de menores” – BBC Brasil
    5. “Estupro de meninas é comum em áreas rurais do Nordeste, diz ONG” – Childhood Brasil
    6. “Vídeo de carro superlotado de crianças foi gravado no Uzbequistão, não na Ilha de Marajó” – Reuters (fact-check)
    7. “Governo federal realiza ações de combate à exploração sexual na região do Marajó” – Governo Federal
    8. “A falta de médicos peritos no Marajó dificulta apuração de crimes sexuais infantis” – ANDI
    9. “Senadores visitam Marajó para investigar desaparecimento de criança e tráfico de pessoas” – Senado Federal
  • Brasileiras no Egito: amor, regras e realidade

    Casar-se com um egípcio pode parecer um conto de fadas exótico para muitas brasileiras. No entanto, por trás dos romances que atravessam oceanos, há uma convivência marcada por fortes choques culturais, desafios de adaptação e uma sociedade que, aos poucos, tenta equilibrar tradição e modernidade.


    Relacionamentos marcados pela paixão e pelo choque de valores

    Muitas brasileiras conhecem seus futuros maridos egípcios pela internet, em grupos de idiomas, aplicativos de relacionamento ou durante viagens. Os primeiros encontros costumam ser marcados por uma forte demonstração de carinho por parte dos homens — algo que pode encantar, mas também esconder padrões tradicionais que se revelam com o tempo.

    Na cultura egípcia, os papéis de gênero ainda são bem definidos: o homem costuma ser o provedor e a mulher, cuidadora do lar. Para brasileiras acostumadas a maior independência e liberdade, isso pode gerar conflitos, especialmente após o casamento. Além disso, há uma expectativa de obediência à figura masculina — incluindo pais, maridos e irmãos — que contrasta fortemente com os valores ocidentais de igualdade e autonomia.


    Vestimenta, religião e o desafio de pertencer à comunidade

    A convivência com a sociedade egípcia também exige adaptação visual e comportamental. Vestir-se de forma considerada “modesta” é quase uma regra tácita em muitos bairros. Saias curtas, ombros à mostra e decotes podem ser vistos como provocativos, o que expõe muitas brasileiras a olhares insistentes e, em alguns casos, assédio verbal nas ruas.

    O uso do véu (hijab) não é obrigatório para estrangeiras, mas muitas optam por usá-lo como sinal de respeito ou para se sentirem mais seguras. No entanto, há quem relate desconforto por sentir que está abrindo mão da própria identidade para se encaixar.

    Além disso, há forte presença da sogra e de outros familiares na rotina do casal. É comum viver na mesma casa ou prédio, o que pode gerar sentimentos de invasão de privacidade. A mulher estrangeira é constantemente observada e avaliada — tanto por suas roupas quanto por seu comportamento dentro da casa.


    Modernização entre tradição e resistência

    Apesar de todos os desafios, o Egito vive um momento de transformação. Nos grandes centros como Cairo e Alexandria, cresce uma classe média conectada, bilíngue e mais aberta ao mundo. Mulheres dirigem, trabalham fora e até comandam negócios, embora o conservadorismo religioso e familiar ainda tenha muito peso.

    O governo egípcio também vem investindo em infraestrutura, turismo e tecnologia — com novas cidades sendo erguidas no deserto e iniciativas para atrair investidores. Ainda assim, o contraste entre a modernidade das elites e o cotidiano tradicional da maioria da população é gritante.

    Brasileiras que vivem no país dizem que os maridos mais jovens e com vivência internacional tendem a ser mais flexíveis, apoiar a independência das esposas e dividir tarefas. Porém, isso ainda está longe de ser regra. A adaptação exige paciência, diálogo e, muitas vezes, um esforço constante para não se anular culturalmente.


    Entre o amor e a reinvenção

    Viver no Egito como esposa de um egípcio é um mergulho em uma realidade profundamente diferente. É preciso reaprender códigos sociais, administrar expectativas familiares e, ao mesmo tempo, preservar a própria essência. Para algumas, é um encontro transformador; para outras, um desafio diário. Mas todas concordam em um ponto: o Egito não é para qualquer uma — e quem decide ficar, precisa de coragem e flexibilidade para encontrar seu próprio lugar.


    Referências:

    1. Adaptação no Egito – Brasileiras Pelo Mundo
    2. Tatiana Cardoso e o casamento adiado pela revolução – BBC Brasil
    3. Brasileiras e árabes: relacionamentos interculturais – Vida no Egito
    4. Relatos sobre o trabalho e costumes no Egito – Brasileiras Pelo Mundo
  • Brasil taxado pelos Estados Unidos e pela OTAN

    Nas últimas semanas, o Brasil entrou no centro de uma nova tensão internacional. De um lado, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros. Do outro, a OTAN, por meio de seu novo secretário-geral Mark Rutte, ameaçou sanções contra o Brasil caso o país continue a negociar com a Rússia em meio à guerra na Ucrânia. Se essas medidas forem aplicadas simultaneamente, os efeitos sobre a economia e a posição internacional do Brasil podem ser profundos e duradouros.

    Queda nas exportações e crise em setores estratégicos

    A primeira consequência imediata seria uma forte retração nas exportações brasileiras. Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China. Tarifas elevadas tornariam os produtos brasileiros menos competitivos, provocando queda nas vendas externas de setores como:

    • Agronegócio (especialmente carne, soja e suco de laranja)
    • Mineração (ferro, alumínio)
    • Aviação (Embraer)
    • Indústria metalúrgica e petroquímica

    Se a União Europeia seguir a mesma linha de sanções — como sugerido pela OTAN —, o Brasil perderia também acesso facilitado ao terceiro maior bloco de compradores de seus produtos, agravando o cenário.

    Perda de investimentos estrangeiros e isolamento financeiro

    As sanções secundárias propostas pela OTAN envolvem restrições a empresas e instituições financeiras que mantêm relações com países que apoiam ou negociam com a Rússia. Isso pode fazer com que bancos e investidores internacionais se afastem do Brasil, por medo de também sofrerem punições.

    Na prática, o país poderia:

    • Perder linhas de crédito internacionais
    • Ter queda no fluxo de investimentos estrangeiros diretos
    • Ver sua moeda desvalorizar e a inflação aumentar

    Além disso, empresas brasileiras poderiam ser excluídas de contratos e licitações internacionais, prejudicando ainda mais a geração de emprego e renda no país.

    Aumento da pobreza e do desemprego

    A queda nas exportações e nos investimentos levaria a uma desaceleração econômica generalizada. Isso se refletiria em:

    • Fechamento de fábricas e demissões em massa
    • Redução da arrecadação do governo
    • Corte em políticas públicas e serviços essenciais

    As regiões mais dependentes da exportação de commodities e da indústria de base — como o Sul, Centro-Oeste e Sudeste — seriam as mais afetadas. O aumento do desemprego levaria a uma elevação da pobreza e da insegurança alimentar, além de pressionar os sistemas de saúde e educação.

    Isolamento diplomático e desafios geopolíticos

    A postura de neutralidade do Brasil no conflito entre Rússia e Ucrânia já tem sido vista com desconfiança por países do Ocidente. Caso o país resista às pressões e siga mantendo relações com Moscou, poderá enfrentar isolamento diplomático e ter sua influência reduzida em fóruns como:

    • G20
    • COP (clima)
    • Acordos comerciais com União Europeia e EUA
    • Financiamentos multilaterais (Banco Mundial, FMI)

    Esse isolamento pode ainda prejudicar a imagem internacional do Brasil como destino confiável para negócios, turismo e parcerias científicas e tecnológicas.


    Isolamento Global

    Se taxado simultaneamente pelos Estados Unidos e pela OTAN, o Brasil entraria numa crise de múltiplas frentes: econômica, diplomática e social. A perda de mercados, o afastamento de investidores e o risco de isolamento global poderiam comprometer anos de avanços em comércio exterior, desenvolvimento industrial e estabilidade social. O cenário exigiria respostas rápidas, diplomacia ativa e reavaliação das alianças internacionais do país.


    Referências

    1. ANSA Brasil – Chefe da OTAN alerta que Brasil pode receber sanções
      https://ansabrasil.com.br/amp/brasil/noticias/economia/2025/07/15/chefe-da-otan-alerta-que-brasil-pode-receber-sancoes_70b341b7-0805-458a-87f0-337192768fc9.html
    2. CNN Brasil – OTAN diz que Brasil, China e Índia podem ser atingidos por sanções
      https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/otan-diz-que-brasil-china-e-india-podem-ser-atingidos-por-sancoes/
    3. CartaCapital – OTAN adverte Brasil, Índia e China sobre laços com a Rússia
      https://www.cartacapital.com.br/mundo/otan-adverte-brasil-india-e-china-sobre-lacos-com-a-russia/
    4. Opera Mundi – OTAN ameaça sancionar Brasil por negociações com a Rússia
      https://operamundi.uol.com.br/guerra-na-ucrania/otan-ameaca-sancionar-brasil-por-negociacoes-com-a-russia-em-meio-a-guerra-na-ucrania
    5. Metropoles – Líder da OTAN confirma ameaça sobre Brasil se Rússia não aceitar a paz
      https://www.metropoles.com/mundo/lider-da-otan-confirma-ameaca-sobre-brasil-se-russia-nao-aceitar-a-paz
    6. SBT News – OTAN diz que Brasil pode sofrer sanções se continuar negociando com a Rússia
      https://sbtnews.sbt.com.br/noticia/mundo/otan-diz-que-brasil-pode-sofrer-sancoes-se-continuar-negociando-com-a-russia-1
  • OTAN pressiona Brasil por manter relações com a Rússia

    A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) emitiu um alerta direto ao Brasil nesta semana, sinalizando a possibilidade de sanções econômicas caso o país mantenha relações comerciais com a Rússia em meio à guerra na Ucrânia. A declaração foi feita pelo novo secretário-geral da organização, Mark Rutte, e amplia a pressão internacional sobre países considerados neutros no conflito, especialmente no setor energético.

    Pressão direta sobre países que negociam com Moscou

    Durante uma audiência no Senado dos Estados Unidos, Rutte afirmou que países como Brasil, Índia e China correm o risco de enfrentar sanções secundárias de até 100% sobre determinados produtos, caso não se distanciem da Rússia. A ameaça é parte de uma estratégia ocidental para isolar economicamente Moscou e enfraquecer sua capacidade de sustentar o esforço de guerra.

    A fala do chefe da OTAN deixa claro que a aliança militar, embora não tenha relação direta com o comércio internacional, apoia e endossa medidas econômicas adotadas pelos EUA e União Europeia contra países parceiros da Rússia, mesmo que não façam parte da aliança.

    Brasil como alvo de advertência

    O Brasil aparece entre os países citados nominalmente. Rutte chegou a dizer que líderes como o presidente Lula deveriam “telefonar para Putin” e pressioná-lo por uma saída diplomática. Segundo ele, a postura do Brasil pode influenciar o cenário geopolítico e ajudar ou dificultar a construção de um acordo de paz.

    As declarações foram interpretadas por analistas como uma clara tentativa de forçar o Brasil a se alinhar às potências ocidentais, em um momento de crescente tensão entre Estados Unidos e países do chamado Sul Global. A advertência surge dias após o anúncio de tarifas de 50% por parte dos EUA sobre produtos brasileiros, criando uma atmosfera de pressão diplomática e comercial simultânea.

    Impactos potenciais para a economia brasileira

    Caso as ameaças se concretizem, setores estratégicos da economia brasileira — como o petróleo, o agronegócio e a indústria — podem sofrer restrições comerciais severas. As sanções secundárias funcionam como barreiras indiretas: empresas de países que fazem negócios com a Rússia podem perder o acesso ao mercado norte-americano ou europeu.

    Além disso, o Brasil pode enfrentar isolamento comercial, com investidores receosos de aplicar recursos em um país sob risco de sanções internacionais. A possibilidade também pode comprometer acordos futuros com blocos como União Europeia e G7, que vêm adotando uma postura coordenada contra aliados de Moscou.

    O posicionamento do governo brasileiro

    Até o momento, o governo brasileiro não respondeu oficialmente às declarações de Rutte. O Itamaraty tem adotado uma postura de neutralidade diplomática, defendendo o diálogo e a soberania dos países envolvidos no conflito. O Brasil se manteve fora de sanções formais contra a Rússia, mas também não apoiou a invasão nem forneceu suporte militar.

    A diplomacia brasileira tende a privilegiar o multilateralismo e a cooperação com diversos blocos — como o BRICS —, o que frequentemente a coloca em posição desconfortável em disputas entre grandes potências. Agora, porém, o país pode ser forçado a escolher um caminho mais claro.


    Referências

    1. Chefe da OTAN alerta que Brasil pode receber sanções – ANSA
    2. OTAN diz que Brasil, China e Índia podem ser atingidos por sanções – CNN Brasil
    3. OTAN ameaça sancionar Brasil por negociações com a Rússia – Opera Mundi
    4. CartaCapital: OTAN adverte Brasil sobre laços com a Rússia
  • Sabedoria Ancestral que a Medicina Esqueceu

    Em um Brasil em busca de saúde mais completa, os pajés mostram que sabedoria ancestral pode complementar a ciência atual — e há estudos provando isso.


    Um encontro entre mundos

    Pajés e curandeiros, guardiões da medicina tradicional indígena, estão retomando seu lugar ao lado da medicina moderna. Está nas práticas indígenas a cura para doenças modernas — não apenas por espiritualidade, mas também por eficácia comprovada recentemente por pesquisadores. Essa ponte simbólica e científica pode transformar o atendimento à saúde no Brasil.


    Pajés trabalhando em rede com médicos

    Um exemplo inspirador é o trabalho de Adana Omágua Kambeba, médica e jovem pajé da etnia Kambeba. Formada em medicina pela UFMG em 2022, ela lidera atendimentos híbridos na Amazônia: aplica remédios da biomedicina em hospitais urbanos e faz rituais ancestrais em comunidades ribeirinhas — o que, segundo relato, salvou pacientes com práticas combinadas who.int+7The Guardian+7paho.org+7.


    Clínicas integrativas e saúde indígena

    Em São Paulo, unidades como CRPICS e a UBS na Terra Indígena Jaraguá adotam modelos interculturais: acolhem pajés e curandeiros que fazem orações, utilizam plantas medicinais e conduzem rituais em hospitais municipais boletin.bireme.org. A OMS e a OPAS, junto à BIREME, estão criando bancos digitais de saberes tradicionais para integrar essas práticas ao SUS who.int+3paho.org+3paho.org+3.


    Plantas medicinais reconhecidas e estudadas

    No Mato Grosso do Sul, estudos da Fiocruz e da UFPE com os Guarani-Kaiowá vêm catalogando plantas usadas no tratamento da tuberculose. Essa pesquisa auxilia no desenvolvimento de terapias combinadas entre remédios e fitoterapia tradicional Agência Brasil.


    Reconhecimento institucional real

    O projeto “Sonhação”, liderado pela Fiocruz Amazônia e parceiros, trouxe junto de organizações internacionais pajés e cientistas para debater como práticas tradicionais podem ser reconhecidas como parte essencial do cuidado no SUS — não como alternativa, mas como complemento legítimo portal.fiocruz.br.


    Por que isso importa

    • Saúde integral: vista pela medicina indígena como união entre corpo, mente, espírito e ambiente.
    • Valorização cultural: reconhece e protege práticas ancestrais que resistem ao tempo.
    • SUS mais forte: incorpora a ciência sem ignorar a ancestralidade cultural.

    Um Saber que Resiste

    O saber dos pajés não está preso ao passado. Ele se revigora com evidências e reconhecimento institucional, desafiando a ideia de que a medicina moderna detém todas as respostas. O desafio agora é transformar essa redescoberta em políticas concretas — unindo ciência e tradição em nome de uma cura plena.


    Referências

    • “This is your mission’: why one Brazilian doctor is training to be a shaman” – The Guardian The Guardian
    • On integrative practices and indigenous health in São Paulo – BIREME/PAHO/WHO Bulletin who.int+3boletin.bireme.org+3paho.org+3
    • Science, ancestral knowledge and digital transformation in dialogue for public health – PAHO/WHO paho.org+1paho.org+1
    • Brazil scientists to study medical herbs used by Guarani‑Kaiowá – Agência Brasil / Fiocruz Agência Brasil
    • Project promotes recognition of indigenous medicine in Brazil – Fiocruz Amazônia portal.fiocruz.br
  • Descendentes de Judeus Sefarditas: o Brasil Está Cheio Deles

    Você sabia que milhares de brasileiros hoje resgatam raízes judaicas e buscam cidadania europeia por histórias de conversão na Inquisição?


    Uma Herança Oculta em Milhões de Brasileiros

    Muitos brasileiros vivem sem saber que carregam, em seus sobrenomes e tradições familiares, as marcas de uma ancestralidade judaica. São descendentes de judeus sefarditas — expulsos da Espanha e de Portugal durante a Inquisição — que, ao chegar ao Brasil, foram forçados a esconder sua fé e adotar costumes cristãos. Ao longo dos séculos, essa origem foi esquecida ou silenciada. Hoje, porém, historiadores e genealogistas revelam que milhões de brasileiros, especialmente nas regiões Nordeste e Sudeste, podem ter raízes sefarditas e nem imaginam.

    Quando a história silenciosa vira esperança

    Milhares de brasileiros descobriram recentemente que são descendentes de judeus sefarditas – aqueles que viveram na Península Ibérica (Espanha e Portugal) até o século XV, e que foram expulsos, mortos ou forçados a se converter ao cristianismo durante a Inquisição.
    Muitos desses judeus migraram em segredo para o Brasil colonial ou fugiram para regiões do Norte da África (como Marrocos e Argélia), mantendo práticas judaicas de forma oculta por gerações.

    Hoje, seus descendentes encontram pistas em sobrenomes, tradições familiares e costumes mantidos de forma inconsciente. São histórias guardadas em silêncio que voltam à tona por meio de árvores genealógicas, documentos e até exames de DNA.


    Judeus sefarditas: quem são?

    O termo “sefardita” vem de Sefarad, nome hebraico para a Península Ibérica. Os judeus sefarditas viviam na Espanha e Portugal há séculos, com grande influência cultural e econômica. Após a expulsão em 1492 (Espanha) e 1497 (Portugal), muitos foram para o Norte da África, Império Otomano e América Latina, inclusive o Brasil.

    No Brasil, parte desses judeus se instalou na Bahia, Pernambuco e no Rio de Janeiro. Alguns mantinham discretamente costumes como não comer carne de porco, acender velas na sexta-feira ou lavar a casa com sal – práticas comuns entre os chamados “cristãos-novos” ou judeus ocultos (criptojudeus).


    Lei portuguesa e a reconstrução de uma identidade

    Desde 2015, Portugal permite que descendentes de judeus sefarditas obtenham cidadania, como forma de reparação histórica. É possível aplicar mesmo sem seguir o judaísmo, desde que se comprove vínculo por sobrenomes, genealogia ou origem familiar.

    Essa medida impulsionou o interesse de milhares de brasileiros em redescobrir suas raízes. Para muitos, é um reencontro com uma identidade esquecida; para outros, uma oportunidade de mobilidade internacional legítima e simbólica.


    Passaporte ou resgate cultural?

    A cidadania portuguesa ou espanhola, nesse caso, representa mais do que um documento europeu. É um direito histórico recuperado. Um gesto político de países que, por séculos, perseguiram e apagaram famílias inteiras.
    Muitos brasileiros encaram esse processo como uma reparação, uma forma de restaurar um elo que atravessou séculos de silêncio.


    Um fenômeno que ultrapassa religiões

    É importante lembrar: ser descendente de sefarditas não significa necessariamente ser judeu praticante. Muitas famílias brasileiras mantêm costumes judaicos sem saber suas origens. O movimento atual une cristãos, judeus, agnósticos e curiosos numa jornada por pertencimento, identidade e justiça histórica.


    Entre passado e futuro

    Essa redescoberta das raízes sefarditas reabre capítulos da história brasileira pouco explorados. Revela que, em meio à diversidade do Brasil, há uma herança judaica ibérica e norte-africana que resistiu ao tempo — e que agora, enfim, pode ser reconhecida com orgulho.


    Referências


  • Mães brasileiras na mira da Convenção de Haia

    Quando proteger os filhos vira “crime internacional”.

    Imagine fugir de um relacionamento abusivo no exterior, buscar abrigo no Brasil com seu filho e, ao chegar, ser acusada de sequestro internacional. Parece ficção, mas é a realidade enfrentada por diversas brasileiras, vítimas da aplicação automática da Convenção de Haia — um tratado criado para proteger crianças de sequestros, mas que hoje vem sendo usado contra mães que tentam protegê-las.

    Raquel Cantarelli e Luíza – Irlanda e Bélgica
    Raquel perdeu as duas filhas após o pai estrangeiro acionar a Convenção de Haia. Já Luíza viu seu filho autista ser levado na Bélgica mesmo após denúncias de maus-tratos. Ambas tentam reverter a separação nos tribunais, sem sucesso até agora.

    www.correiodamanha.com.br/especiais/2023/10/100829-maes-de-haia-brasileiras-lutam-na-justica-por-seus-filhos.html


    Voltar para casa vira problema internacional

    Em muitos desses casos, as mães relatam abusos físicos, psicológicos e até ameaças. No entanto, a Justiça brasileira, seguindo a Convenção, frequentemente ordena que os filhos sejam enviados de volta ao país onde moravam com o pai. Pouco importa se foi o cuidador primário quem fugiu ou se há risco para a criança — o que vale é a “residência habitual”.

    Carolina Gouveia – retirada do Canadá
    Carolina vivia com o filho no Canadá e decidiu voltar ao Brasil após sofrer violência doméstica. Mesmo tendo autorização inicial do pai, acabou acusada de sequestro internacional. A Justiça canadense ordenou o retorno do menino. Pouco depois, o pai o levou para o Líbano sem aviso, e Carolina perdeu todos os direitos sobre a criança.

    www.haguepapers.net/the-1980-hague-convention-a-contravention-of-human-rights


    O peso de uma decisão automática

    A consequência? Crianças obrigadas a viver longe da mãe, muitas vezes com pais violentos ou em contextos emocionais instáveis. Há relatos de pequenos com traumas, crises emocionais e ruptura com suas raízes culturais. Enquanto isso, as mães enfrentam o sistema jurídico sozinhas, muitas sem apoio especializado nem defesa proporcional ao peso do Estado estrangeiro envolvido.

    Neide – condenada na Suíça
    Após uma separação conflituosa, Neide teve sua filha retirada pelas autoridades suíças. Foi acusada de violar a Convenção de Haia e condenada à prisão. Vive isolada, sem acesso à filha, e sem previsão de reversão do caso.

    www.reddit.com/r/Switzerland/comments/1ipljhv


    Casamento internacional: sonho ou armadilha?

    Relacionar-se com um estrangeiro pode parecer uma aventura amorosa ou uma oportunidade de vida nova. Mas, se houver filhos e o casal se separar, a briga pela guarda ganha contornos geopolíticos. O país do pai pode acabar decidindo tudo, e a mãe brasileira fica sem voz — ou sem filho.


    Um chamado por justiça e sensibilidade

    Juristas e movimentos sociais pedem mudanças urgentes. A Convenção de Haia, segundo eles, precisa considerar casos de violência doméstica como exceção legítima. Treinamento para juízes e defensores públicos também é essencial para que decisões sobre guarda respeitem o contexto humano, e não apenas a letra fria da lei.


    Referências:

    www.mpf.mp.br/pgr/noticias-pgr2/2025/mpf-apura-denuncias-sobre-perda-de-guarda-de-filhos-por-maes-brasileiras-na-aplicacao-da-convencao-de-haia

    www.em.com.br/nacional/2025/03/7085695-maes-brasileiras-fogem-da-violencia-mas-perdem-tutela-dos-filhos.html

    www.antropofagista.com.br/2023/08/06/maes-de-haia-convencao-internacional-e-usada-para-separar-brasileiras-de-seus-filhos-no-exterior

    www.estadao.com.br/politica/governo-lula-ignora-apelo-de-maes-que-lutam-por-guarda-de-filhos-com-estrangeiros

    www.haguepapers.net/breaking-news-brazil-stands-for-domestic-violence-to-not-repatriate-children-under-the-hague-convention

    www.pixabay.com