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  • Gerações Y e Z dizem não ao trabalho excessivo

    Jovens profissionais rejeitam jornadas longas, ambientes fechados e a cultura do “trabalhe até cair”

    Por muito tempo, sucesso profissional foi sinônimo de trabalhar de segunda a sexta, das 9h às 18h, em um escritório fechado. Mas para as gerações Y (millennials) e Z, esse modelo está ficando ultrapassado — e insustentável. Artigos recentes mostram que os jovens estão rejeitando o excesso de trabalho, priorizando saúde mental, flexibilidade e qualidade de vida.


    O cansaço da “jornada infinita”

    Uma reportagem do The Guardian relata que profissionais jovens, especialmente da Geração Z, estão sendo esmagados por jornadas que nunca acabam: reuniões, mensagens fora do expediente e cobrança por “entregar mais com menos” estão gerando exaustão emocional e mental.

    “Me sinto completamente drenada”, afirma uma entrevistada de 27 anos.
    Fonte: The Guardian – Young professionals swamped by ‘infinite workdays’ (2025)


    O fim da cultura do esforço cego

    No New York Post, um debate no TikTok entre jovens viralizou: uma jovem criticou colegas que saem do trabalho no horário certo. A resposta foi forte — muitos disseram que não vivem para trabalhar e que preferem proteger sua saúde mental a se exaurir por metas inalcançáveis.

    Esse comportamento é chamado de “quiet quitting”, ou seja, “desistência silenciosa”: a pessoa faz apenas o necessário, sem se comprometer com expectativas abusivas.

    Fonte: NY Post – Gen Z backlash over ‘out of touch’ work-life balance ignites TikTok (2025)


    O movimento de “deitar e descansar”

    No portal News.com.au, o fenômeno chinês do “lying flat” — deitar e não competir — está se espalhando entre jovens de vários países. Essa filosofia rejeita a pressão por sucesso, produtividade constante e crescimento a qualquer custo. O lema da geração Z parece ser:

    “Menos ambição, mais saúde mental.”

    Fonte: News.com.au – Lying flat: young workers opt out of the grind (2025)


    O que essas gerações realmente valorizam?

    Relatórios de empresas como a LinkedIn e a Microsoft apontam que os jovens querem:

    • Autonomia para escolher onde e quando trabalhar
    • Ambientes abertos, colaborativos e leves
    • Trabalhos com propósito real, e não só salário
    • Equilíbrio entre vida pessoal e profissional
    • Liberdade para mudar de área ou aprender novas habilidades

    “As gerações mais jovens não estão rejeitando o trabalho — estão rejeitando um modelo que não faz mais sentido”, afirma a especialista Elizabeth Pearson, em artigo para a Forbes.
    Fonte: Forbes – Gen Z Employees Aren’t Lazy, You’re Just Managing Them Wrong (2024)


    Menos “hustle”, mais vida

    A crítica ao velho modelo de trabalho é mais do que uma moda passageira — é um sinal de esgotamento coletivo. Gerações que cresceram vendo o burnout dos pais agora estão dizendo “não” a jornadas absurdas, escritórios fechados e metas inalcançáveis.

    Empresas que desejam atrair e reter talentos da Geração Y e Z precisarão se adaptar: mais empatia, mais flexibilidade, mais liberdade — e menos controle.