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  • Brasil taxado pelos Estados Unidos e pela OTAN

    Nas últimas semanas, o Brasil entrou no centro de uma nova tensão internacional. De um lado, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros. Do outro, a OTAN, por meio de seu novo secretário-geral Mark Rutte, ameaçou sanções contra o Brasil caso o país continue a negociar com a Rússia em meio à guerra na Ucrânia. Se essas medidas forem aplicadas simultaneamente, os efeitos sobre a economia e a posição internacional do Brasil podem ser profundos e duradouros.

    Queda nas exportações e crise em setores estratégicos

    A primeira consequência imediata seria uma forte retração nas exportações brasileiras. Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China. Tarifas elevadas tornariam os produtos brasileiros menos competitivos, provocando queda nas vendas externas de setores como:

    • Agronegócio (especialmente carne, soja e suco de laranja)
    • Mineração (ferro, alumínio)
    • Aviação (Embraer)
    • Indústria metalúrgica e petroquímica

    Se a União Europeia seguir a mesma linha de sanções — como sugerido pela OTAN —, o Brasil perderia também acesso facilitado ao terceiro maior bloco de compradores de seus produtos, agravando o cenário.

    Perda de investimentos estrangeiros e isolamento financeiro

    As sanções secundárias propostas pela OTAN envolvem restrições a empresas e instituições financeiras que mantêm relações com países que apoiam ou negociam com a Rússia. Isso pode fazer com que bancos e investidores internacionais se afastem do Brasil, por medo de também sofrerem punições.

    Na prática, o país poderia:

    • Perder linhas de crédito internacionais
    • Ter queda no fluxo de investimentos estrangeiros diretos
    • Ver sua moeda desvalorizar e a inflação aumentar

    Além disso, empresas brasileiras poderiam ser excluídas de contratos e licitações internacionais, prejudicando ainda mais a geração de emprego e renda no país.

    Aumento da pobreza e do desemprego

    A queda nas exportações e nos investimentos levaria a uma desaceleração econômica generalizada. Isso se refletiria em:

    • Fechamento de fábricas e demissões em massa
    • Redução da arrecadação do governo
    • Corte em políticas públicas e serviços essenciais

    As regiões mais dependentes da exportação de commodities e da indústria de base — como o Sul, Centro-Oeste e Sudeste — seriam as mais afetadas. O aumento do desemprego levaria a uma elevação da pobreza e da insegurança alimentar, além de pressionar os sistemas de saúde e educação.

    Isolamento diplomático e desafios geopolíticos

    A postura de neutralidade do Brasil no conflito entre Rússia e Ucrânia já tem sido vista com desconfiança por países do Ocidente. Caso o país resista às pressões e siga mantendo relações com Moscou, poderá enfrentar isolamento diplomático e ter sua influência reduzida em fóruns como:

    • G20
    • COP (clima)
    • Acordos comerciais com União Europeia e EUA
    • Financiamentos multilaterais (Banco Mundial, FMI)

    Esse isolamento pode ainda prejudicar a imagem internacional do Brasil como destino confiável para negócios, turismo e parcerias científicas e tecnológicas.


    Isolamento Global

    Se taxado simultaneamente pelos Estados Unidos e pela OTAN, o Brasil entraria numa crise de múltiplas frentes: econômica, diplomática e social. A perda de mercados, o afastamento de investidores e o risco de isolamento global poderiam comprometer anos de avanços em comércio exterior, desenvolvimento industrial e estabilidade social. O cenário exigiria respostas rápidas, diplomacia ativa e reavaliação das alianças internacionais do país.


    Referências

    1. ANSA Brasil – Chefe da OTAN alerta que Brasil pode receber sanções
      https://ansabrasil.com.br/amp/brasil/noticias/economia/2025/07/15/chefe-da-otan-alerta-que-brasil-pode-receber-sancoes_70b341b7-0805-458a-87f0-337192768fc9.html
    2. CNN Brasil – OTAN diz que Brasil, China e Índia podem ser atingidos por sanções
      https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/otan-diz-que-brasil-china-e-india-podem-ser-atingidos-por-sancoes/
    3. CartaCapital – OTAN adverte Brasil, Índia e China sobre laços com a Rússia
      https://www.cartacapital.com.br/mundo/otan-adverte-brasil-india-e-china-sobre-lacos-com-a-russia/
    4. Opera Mundi – OTAN ameaça sancionar Brasil por negociações com a Rússia
      https://operamundi.uol.com.br/guerra-na-ucrania/otan-ameaca-sancionar-brasil-por-negociacoes-com-a-russia-em-meio-a-guerra-na-ucrania
    5. Metropoles – Líder da OTAN confirma ameaça sobre Brasil se Rússia não aceitar a paz
      https://www.metropoles.com/mundo/lider-da-otan-confirma-ameaca-sobre-brasil-se-russia-nao-aceitar-a-paz
    6. SBT News – OTAN diz que Brasil pode sofrer sanções se continuar negociando com a Rússia
      https://sbtnews.sbt.com.br/noticia/mundo/otan-diz-que-brasil-pode-sofrer-sancoes-se-continuar-negociando-com-a-russia-1
  • BRICS quer usar outra moeda nas negociações

    Se os países do BRICS deixarem de lado o dólar, o jogo do comércio internacional pode mudar drasticamente.

    Ao negociar em moedas próprias ou criar uma nova moeda comum, o bloco enfraquece a hegemonia dos EUA e ganha fôlego para desafiar as grandes potências. Menos vulneráveis a sanções e mais livres para ditar suas próprias regras, o BRICS pode se tornar o novo polo de poder econômico — e o Ocidente sabe disso.

    Fim da influência financeira americana

    Os países do BRICS — tanto os fundadores (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul) quanto os novos membros — intensificam esforços para negociar entre si sem usar o dólar, buscando reduzir a influência financeira dos EUA Investopedia+15Wall Street Journal+15Investing News Network (INN)+15.

    Redução da dependência do dólar

    No encontro anual do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) realizado no Rio de Janeiro, foi anunciado reforço no uso de moedas locais em financiamento, como real, yuan, rublo e rúpia, em vez do dólar . Isso permite contornar sanções americanas e evitar flutuações cambiais prejudiciais El País.

    Fortalecimento do comércio intra-BRICS

    Com cerca de 26–30% do PIB e metade da população mundial, o bloco quer agilizar e baratear negociações internas. Ferramentas como o sistema BRICS Pay facilitam pagamentos diretos em moeda local, sem passar por SWIFT Geopolitical Economy Report+3en.wikipedia.org+3pt.wikipedia.org+3.

    Pressão e reação dos EUA

    Assustada, a Casa Branca sinalizou tarifas de até 100% contra países que reduzirem o uso do dólar — especialmente após críticas feitas durante a cúpula do BRICS Mas isso só reforça a estratégia ambiciosa do grupo.
    timesofindia.indiatimes.com+4Wall Street Journal+4Financial Times+4.


    O jogo geopolítico muda, e os BRICS ganham protagonismo

    O movimento por desdolarização representa uma clara tentativa de reduzir o domínio financeiro dos EUA e reformular a ordem global. No entanto, o caminho enfrenta desafios internos — como desigualdades econômicas — e retaliações externas que podem dificultar a consolidação desse projeto.

    Trump teme o avanço do BRICS e a perda de poder global dos EUA

    Com a expansão do BRICS e as discussões para abandonar o dólar nas trocas comerciais, Donald Trump vê uma ameaça direta à influência americana no mundo. O presidente, conhecido por sua retórica nacionalista, tem reforçado tarifas e discursos duros contra países do bloco, especialmente China e Brasil, como forma de conter esse avanço.

    Um novo sistema financeiro internacional

    A ideia de um novo sistema financeiro internacional, fora do controle dos EUA, incomoda profundamente Trump, que construiu sua imagem como defensor da supremacia econômica americana. Para ele, o BRICS representa mais que um grupo emergente: é um sinal de que o domínio dos EUA pode estar chegando ao fim.

    Enquanto o BRICS busca multipolaridade, Trump reage com medo e medidas de força.

    Referências:

  • Quais são os países do BRICS?

    O grupo original reúne cinco grandes economias emergentes: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Em 2024–25, foi ampliado com Argélia, Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos, Indonésia e Arábia Saudita — totalizando 11 membros plenos.


    Por que existe o BRICS?

    O BRICS atua como plataforma de cooperação econômica, social e política, defendendo uma ordem global multipolar e mais representativa, que inclua emergentes no poder internacional
    AP News+7Deutsche Welle+7Cebri+7.

    BRICS é a sigla formada pelas iniciais de Brasil Rússia Índia China e África do Sul (em inglês, South Africa).

    O bloco busca:


    Estratégias e influência global

    Membros promovem mecanismos para reduzir dependência do dólar, com iniciativas como o sistema BRICS Pay entre bancos centrais. A expansão reforça a presença em commodities (petróleo, metais, alimentos) e infraestrutura. Juntos, esses países representam cerca de 40–50% da população e 30–35% do PIB mundial

    O principal objetivo do BRICS é construir uma nova ordem mundial mais equilibrada e menos dominada pelos Estados Unidos e Europa. O grupo defende uma governança global mais justa, onde países do chamado “Sul Global” tenham mais voz nas decisões internacionais — incluindo em instituições como a ONU, o FMI e o Banco Mundial.

    Um dos focos do bloco tem sido o fortalecimento do comércio entre os próprios membros, reduzindo a necessidade de depender de países ocidentais. Para isso, os BRICS querem negociar usando moedas próprias ou criar uma moeda comum.

    Essa estratégia tem três principais objetivos:

    1. Reduzir a dependência dos EUA

    Ao depender menos do dólar, os BRICS também ficam menos expostos a sanções e tarifas econômicas e pressões políticas dos EUA, que controlam boa parte do sistema financeiro global.

    2. Aumentar a soberania econômica

    Negociar em moedas locais dá mais controle sobre as economias nacionais, evitando flutuações causadas pela valorização ou queda do dólar.

    3. Facilitar e baratear o comércio entre os membros

    Com um sistema como o BRICS Pay e acordos bilaterais, os países podem trocar produtos e serviços sem intermediários, tornando as transações mais ágeis e econômicas.

    Além disso, o grupo conta com o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), que financia projetos de infraestrutura e desenvolvimento nos países membros — uma alternativa ao Banco Mundial e ao FMI.


    Conflitos e visões internas

    Apesar da cooperação, há tensões entre países como China, Rússia, Índia e os mais recentes membros, que possuem interesses e níveis econômicos distintos


    Fontes